A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (23) mais uma etapa da Operação Jackpot, que investiga e combate a prática de jogos de azar e rifas ilegais no Acre.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, juntamente com o sequestro de bens relacionados às atividades ilícitas. Na ocasião, foram apreendidos diversos itens que serviam de instrumentos para as práticas ilegais. Entre os materiais recolhidos, encontram-se dois veículos, smartphones, notebook, tabletes, bem como o bloqueio de valores em contas bancárias pertencentes aos investigados.
O ContilNet teve acesso, com exclusividade, à lista dos quatro influenciadores que foram alvo nesta fase das investigações. Todos os quatro investigados são conhecidos por divulgar plataformas de sorteios onl-lines nas redes sociais.
O casal Davi de Alencar Elias e Yngredy Santos de Almeida tiveram o mandato de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil. Nas redes sociais, ele é conhecido como ‘davizerapremiações’. Já ela, usa o perfil yngredy_premiações.
Em vídeos, o casal chega a divulgar uma rifa de R$ 50 mil. Os dois divulgam que através dos sorteios já teriam premiado mais de 7.500 títulos.
Vendendo rifas para todo o país, os dois acreanos chegam a divulgar uma série de pessoas que supostamente teriam sido sorteadas com os valores divulgados. Somando, o casal tem mais de 50 mil seguidores nas redes sociais.
Outra investigada é a empresária Dâmaris Nepomuceno, conhecida pela empresa Bolos da Damares. Nas redes sociais, ela esbanja viagens de luxo, com destinos como Paris e Amsterdã. Horas antes de ter os bens apreendidos, a influenciadora chegou a divulgar uma plataforma nova de jogos de azar.
A última influenciadora alvo da operação é Natacha Silva, por envolvimento em divulgação de plataformas do conhecido ‘joguinho do Tigre’. Nas redes sociais, ela chegou a publicar ganhos de mais de R$ 50 mil.
Um dia antes de ter o mandado cumprido, a influenciadora publiciu vídeos nos stories dando detalhes sobre como faz para obter ganhos maiores: “Você sempre vai querer mais”, diz.
Uma das medidas mais significativas foi o sequestro de valores que podem chegar a até R$ 1 milhão para cada influenciador envolvido nas atividades ilícitas, medida esta expedida pelo Judiciário como forma de coibir a continuidade dessas práticas.