”Querem forçar a disputa do ruim contra o menos pior”, diz Jarude sobre estratégia de adversários

O pré-candidato a prefeito de Rio Branco pelo Partido Novo, Emerson Jarude, foi o etrevistado do programa Gazeta entrevista, na Rede Record, na tarde desta quinta-feira (4).

Em conversa com o jornalista Astério Moreira, Jarude falou sobre seu mandato como deputado estadual e, principalmente, sobre as eleições municipais deste ano.

Questionado sobre uma suposta polarização entre os espectros direita e esquerda nas eleições municipais deste ano, o pré-candidato disse que a estratégia de dividir a população em linhas partidárias, costumeiramente entre ‘esquerda e direita’, onde cada extremo questiona a legitimidade moral do outro, é antiga e para Jarude, prejudicial a quem realmente importa: o eleitor.

Em Rio Branco, a tentativa de polarização tem levado a dois candidatos, um que tenta a reeleição e outro que já foi prefeito da capital.

“Tudo o que os dois candidatos que estão buscando polarizar querem é que as pessoas entendam que só existem dois lados, mas na verdade esses mesmos que querem que as pessoas acreditem nisso, estão brigando pelo poder há 12 anos. Temos duas pessoas que já tiveram oportunidades e o que percebemos nesse tempo é que as pessoas estão abandonando Rio Branco para morar em outros lugares por falta de oportunidade. E quem vai embora não se arrepende, que é o que mais me dói como rio-branquense nascido e criado aqui na nossa cidade. Por isso é preciso construir um novo rumo e foi para isso que coloquei meu nome à disposição”, pontuou Jarude.

Outro questionamento de Emerson Jarude está no trabalho que deixou de ser feito pelos dois lados. “A pergunta que eu faço é: ‘O que melhorou em Rio Branco nos últimos 12 anos?’. Porque até onde a gente acompanha, ônibus continuam pegando fogo, as pessoas continuam abrindo a torneira em casa e não sai água, a gente continua tendo problema de asfalto por causa de serviços malfeitos que precisam serem refeitos uma, duas, três vezes e inclusive, temos um candidato que já foi prefeito e dizia que não ia asfaltar as ruas do programa Ruas do Povo porque existia uma decisão judicial e agora muda, dizendo que nenhum juiz iria ser contra asfaltar, mas por que não fez quando era prefeito? E ao mesmo tempo, temos o atual prefeito dizendo que não vai ‘tapar as cenas do crime’, sabe quem perde com isso? A nossa população que precisa amarrar sacola nos pés para sair de casa em pleno 2024”.

Jarude também foi questionado sobre a construção de alianças para o pleito deste ano e foi enfático ao afirmar que construiu sua trajetória política com muito esforço e sabe que seus posicionamentos firmes contra a corrupção e de combate à velha política são fatores que o isolam, mas não está disposto a mudar seus princípios e negociar seus valores.

“Não tem nenhum partido ou político me apoiando, mas sabe o que têm sido feito no Brasil com as alianças? Loteamento de Governo e Prefeitura e estamos cansados disso, onde as discussões são sempre quem vai pra rua balançar bandeira e ganhar um cargo comissionado. A minha aliança é com a população que é quem escuto e converso, buscando soluções para os problemas. Eu prefiro construir uma aliança com a população tendo a certeza de que estou mantendo meus princípios e valores do que com partidos políticos que muitas vezes não estão interessados em construir o melhor para a população, mas sim, no que vai ganhar”, asseverou Jarude.