Francisco Piyãko, líder indígena acreano, é o mais novo membro do Conselho Nacional de Política Indígena

Francisco Piyãko, líder do povo Ashaninka e coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), foi empossado como membro do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI) durante cerimônia realizada em Brasília. A reativação do CNPI, após cinco anos de inatividade, marca um importante passo no diálogo entre governos e povos indígenas no Brasil. Este órgão desempenha um papel fundamental na formulação e monitoramento de políticas públicas para os 305 povos indígenas do país.

Em um encontro subsequente, o presidente Lula, acompanhado das ministras Sonia Guajajara e Marina Silva, destacou o significado do CNPI como uma “Comissão da Verdade” para reparar injustiças históricas enfrentadas pelos povos indígenas. Piyãko ressaltou a importância da retomada das agendas indigenistas e da inclusão de representantes de todos os estados no conselho para uma abordagem mais integrada das políticas públicas às demandas regionais.

Composto por 64 membros, o CNPI visa fortalecer a participação indígena na formulação de políticas e promover a sustentabilidade das ações voltadas para essas comunidades. Sua reativação coincide com os 20 anos do Acampamento Terra Livre (ATL), refletindo a luta contínua dos povos indígenas por seus direitos. A reinstauração do CNPI é vista como essencial para garantir o avanço das políticas indigenistas no país e promover um diálogo mais inclusivo e participativo entre o governo e as comunidades indígenas.