Raimundo Ferreira Pinheiro, também conhecido como Dindim, ex-prefeito de Feijó, juntamente com seu irmão não identificado, foram alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre e da Polícia Militar do Acre (PMAC) na manhã desta quarta-feira (17). A ação tinha o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão contra os dois investigados, que são suspeitos de ameaçar um desembargador do Tribunal de Justiça do Acre.
O nome do desembargador não foi revelado durante a coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério Público para fornecer mais detalhes sobre a operação.
Essa ação faz parte de um procedimento de investigação criminal instaurado pelo MPAC para apurar a suposta prática de ameaça contra um desembargador do TJAC. Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo, celulares e mídias.
Segundo informações obtidas nos autos, a ameaça teria ocorrido devido à atividade jurisdicional do desembargador no julgamento que resultou na inelegibilidade de um ex-prefeito do município. Dindim foi condenado por improbidade administrativa por desviar recursos da saúde do município para contratar um show artístico para o Festival do Açaí. A decisão original foi do Juízo da Vara Cível de Feijó e foi confirmada pelo desembargador em questão, que não acatou os recursos do ex-gestor.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Bernardo Albano, as ameaças teriam sido proferidas pelo ex-prefeito no final de março. Ele teria ido até o gabinete do desembargador e, como o magistrado não estava presente, deixou um recado ameaçador para o chefe de gabinete da autoridade.
O nome da operação, “Algar”, faz referência ao sinônimo da palavra “cova”, já que durante a ameaça, foi mencionado que o desembargador seria levado “para o buraco” e que supostamente o investigado teria ajuda de seu irmão.
Informações O Acre Agora