Novos desdobramentos surgiram no caso da enfermeira Gessica Melo, baleada durante uma perseguição pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) em Capixaba, no final do ano passado. O laudo pericial divulgado pela Polícia Civil revelou que o carro conduzido por Gessica foi alvejado por 13 tiros, todos disparados de fora para dentro do veículo. Segundo trechos do laudo, não foram encontrados indícios de disparos originados de dentro para fora do veículo, nem foram localizadas cápsulas de munição no interior do automóvel.
Essas conclusões corroboram a narrativa da defesa da família da enfermeira, que argumenta que não houve confronto entre Gessica e os policiais, e que a arma foi supostamente plantada na cena do crime. O advogado da família, Alysson Silva, declarou ao ContilNet que os policiais envolvidos no caso podem ser acusados de homicídio doloso triplamente qualificado, considerando as evidências apresentadas pela perícia.
“A perícia confirma que Gessica nem sequer tocou na arma. Foi plantada por um homem”, afirmou a defesa da vítima. O caso, ocorrido em dezembro do ano passado, ganhou maior gravidade após investigações conduzidas pelo Ministério Público que apontaram que arma encontrada no carro não pertencia a enfermeira. A família da enfermeira busca justiça diante desses novos elementos, considerando o contexto alarmante revelado pela perícia policial.