No seringal Santa Luzia, em Brasiléia, vive um casal de agricultores que se viu diante de uma situação extraordinária: a gravidez de gêmeas siamesas. Alice Fernandes Brito Silva, 18 anos, e Adriano Silva Fernandes, 22 anos, compartilham a alegria da paternidade com a incerteza do que está por vir. As gêmeas estão ligadas pelo tórax e têm apenas um coração, além de outros órgãos.
A descoberta dessa condição rara veio como um choque para o casal. Inicialmente, durante um exame de ultrassonografia, foi informado que esperavam apenas uma criança. Foi somente em exames subsequentes que a realidade se revelou: eram duas meninas, mas os médicos não haviam explicado a complexidade da situação.
Encaminhados para Rio Branco, a capital do estado, Alice foi hospitalizada na maternidade Bárbara Heliodora para realizar novos exames. Os resultados confirmaram a condição das gêmeas siamesas. Apesar de terem dado entrada no Tratamento Fora do Domicílio (TFD) para serem encaminhadas a São Paulo, onde poderiam receber o tratamento adequado, até o momento não houve avanços.
Com 31 semanas de gestação, o estado de saúde de Alice requer urgência, mas os riscos envolvidos impedem sua transferência para fora do estado. A jovem mãe está em uma corrida contra o tempo, buscando soluções para garantir o bem-estar das gêmeas e o sucesso do parto, que possivelmente será realizado cirurgicamente.
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre está empenhada em encontrar uma vaga em uma unidade especializada fora do estado, porém, devido à extrema complexidade do caso, ainda não foi possível garantir essa transferência.
Enquanto isso, Alice e Adriano enfrentam essa batalha com determinação, conscientes dos desafios que têm pela frente.