O aumento nos casos de gripe no Acre está colocando uma grande pressão no sistema público de saúde. Com o aumento na procura por atendimentos hospitalares e as UTIs atingindo sua capacidade máxima, a situação é preocupante. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, dos 75 leitos de terapia intensiva disponíveis na rede pública, apenas seis estão desocupados, o que representa uma ocupação de 92%.
Na Fundação Hospital Estadual do Acre, todos os 18 leitos estão ocupados, e no Pronto-Socorro de Rio Branco, há apenas uma vaga entre os 27 leitos em funcionamento. A escassez de leitos é um reflexo direto do aumento nas hospitalizações, principalmente devido ao crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), causados principalmente pela influenza A e pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Embora tenham sido confirmados 104 casos de síndrome gripal nos primeiros 22 dias de abril, os números podem estar subnotificados. De acordo com a Fiocruz, espera-se um aumento de pelo menos 75% nas notificações de gripe no estado a longo prazo. Destaca-se a importância da vacinação contra a gripe como principal método de prevenção contra a forma grave da doença, hospitalizações e mortes. Infelizmente, apenas neste ano, 2.322 pessoas já faleceram devido à síndrome respiratória grave no Brasil.
