Segundo a Secretaria de Saúde do Acre (SESACRE), em 2023 foram registrados 5.204 casos de malária, menor que o ano anterior, representando 15,25% das ocorrências no estado. No Brasil, a magnitude dessa doença está intimamente ligada à sua alta incidência na região amazônica, que concentra 99,9% dos casos registrados no país. Dado que o Acre faz parte da vasta extensão da floresta amazônica, o combate à malária ainda se mostra um desafio significativo na região.
Nos primeiros três meses de 2024, o estado registrou 1.042 casos de malária, sendo que impressionantes 95,3% deles foram concentrados nos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, segundo dados da SESACRE. Apesar da diminuição, o Acre ainda mantém uma das taxas mais elevadas da doença na região amazônica, representando 3,9% em comparação com outros locais.
A malária tem um impacto significativo nos países mais pobres do mundo. Em resposta a essa realidade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) designou o dia 25 de abril como o Dia Mundial de Combate à Malária, com o intuito de destacar a seriedade dessa doença e sensibilizar a comunidade global para a sua prevenção e controle.
A malária é uma doença parasitária infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles, podendo ser fatal se não tratada. No Brasil, aproximadamente 90% dos casos são atribuídos ao Plasmodium vivax e 10% ao Plasmodium falciparum.
Os sintomas da malária incluem febre alta, calafrios, dor de cabeça, dor muscular, taquicardia, aumento do baço e, em casos de infecção pelo Plasmodium falciparum, há um risco significativo de desenvolvimento de malária cerebral.
Após o diagnóstico, o paciente é submetido a um tratamento ambulatorial, no qual recebe medicamentos fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a cloroquina. Nos casos mais graves, é necessária a internação. O tratamento adequado varia de acordo com a espécie do protozoário causador da infecção, a idade do paciente e se este está gestante.
Para prevenir a malária, é fundamental adotar diversas medidas de proteção. Isso inclui o uso de mosquiteiros, também conhecidos como cortinados, pelos moradores do Acre, bem como a aplicação de inseticidas e repelentes. Além disso, é importante usar roupas que protejam as pernas e os braços, áreas mais propensas a serem picadas pelos mosquitos transmissores. Instalar telas nas portas e janelas também é essencial para impedir a entrada desses insetos em ambientes internos.