No desdobramento da tragédia aérea ocorrida na última segunda-feira em Manoel Urbano, que resultou na perda de uma vida e deixou seis pessoas feridas, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou uma minuciosa análise das causas do acidente.
Uma das constatações iniciais aponta para a sobrecarga da aeronave envolvida, um modelo Cessna Skyline 182, que estava transportando um número de passageiros superior ao permitido. Com capacidade para quatro pessoas, incluindo o piloto, o avião encontrava-se com sete ocupantes a bordo no momento do incidente, ultrapassando em três o limite seguro estabelecido.
O piloto, identificado como Roney Mendes, 59 anos, foi gravemente ferido no acidente, sofrendo queimaduras em 40% do corpo, e permanece internado em estado crítico no Pronto-Socorro. Surgiram especulações sobre a possível responsabilidade do piloto no ocorrido, inclusive com rumores de um pedido de prisão, o que foi prontamente negado pela Delegada de Manoel Urbano, Jade Dene. Ela esclareceu que as investigações ainda estão em fase preliminar, aguardando a perícia oficial do órgão competente; “ Isso não procede, uma vez que não iniciaram as investigações da responsabilidade do acidente, pois é necessária a perícia inicial do órgão competente” afirmou a delegada.
O tema gerou debate acalorado na Assembleia Legislativa, com os deputados Tanízio Sá e Antônia Sales, ambos do MDB, apresentando opiniões divergentes sobre o assunto. Sales defendeu a experiência e competência do piloto, argumentando que as regras de segurança não são de sua responsabilidade direta, enquanto Sá criticou a decisão de Mendes de permitir a entrada de passageiros além da capacidade recomendada, caracterizando-a como um ato irresponsável que resultou na perda trágica de uma vida.
O desfecho dessa ocorrência permanece incerto, enquanto as autoridades continuam suas investigações para determinar as causas precisas do acidente e eventuais responsabilidades envolvidas.