Durante a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro em Rio Branco, capital do Acre, a segurança pessoal do casal não será providenciada pelas Forças de Segurança do Estado, conforme comunicado pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública local. Em vez disso, as forças estarão mobilizadas para garantir a ordem pública em áreas de possíveis aglomerações e para acompanhar os deslocamentos das autoridades.
A Superintendência da Polícia Federal no Acre também não estará envolvida na segurança do ex-presidente e da ex-primeira dama durante sua visita. A decisão é embasada na avaliação de que a inelegibilidade de Bolsonaro pode reduzir os riscos de ataques, uma vez que estes, na maioria dos casos, têm motivações políticas.
Após deixar o cargo presidencial, Bolsonaro mantém o direito a uma equipe de seis servidores para segurança, apoio pessoal e assessoramento, bem como dois veículos oficiais com motoristas, conforme previsto pela legislação em vigor. No entanto, em situações de ameaças identificadas, a segurança pode ser reforçada conforme necessário.
Em relação aos custos associados à segurança e aos deslocamentos dos assessores de Bolsonaro, registros de 2023 revelam que foram os mais altos em comparação com outros ex-presidentes. Entre janeiro e agosto daquele ano, o governo federal desembolsou R$ 1,296 milhão para a equipe de Bolsonaro, enquanto os gastos com a equipe de Dilma Rousseff totalizaram R$ 1,155 milhão. Em seguida, aparecem os gastos com as equipes de Fernando Collor, Michel Temer, José Sarney e FHC, totalizando R$ 894,9 mil, R$ 691,9 mil, R$ 574,8 mil e R$ 489,9 mil, respectivamente.
Neste ano, uma operação da Polícia Federal revelou que seguranças de Bolsonaro durante a campanha de 2018 estiveram envolvidos posteriormente na chamada “Abin paralela”, um grupo acusado de realizar monitoramento ilegal de opositores políticos do ex-presidente.