No Acre, Bolsonaro defende o fim da “ideologia de gênero” nas escolas

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Em uma entrevista no podcast do Coronel Ulysses, na manhã desta sexta-feira, 22, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), expressou abertamente seu desejo de retornar ao Palácio do Planalto, posição que perdeu em 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a conversa, Bolsonaro enfatizou a necessidade de um Congresso Nacional mais robusto e alinhado à direita. Ele destacou sua intenção de fortalecer sua base legislativa, mencionando a importância de pautas como a eliminação da chamada “ideologia de gênero”.

“Já imaginou, eu presidente da República, com 350 deputados e com 50 senadores, a gente bota o Brasil no rumo certo. Acaba com essa história de ideologia de gênero. Quem está nos ouvindo, pai e mãe. Você acha justo ensinar para o teu filho, com 5 e 6 anos de idade, sexo? Pior aqui, a Mariazinha pode ser Joãozinho, o Joãozinho pode ser Mariazinha? Chama-se ideologia de gênero”, disse ao afirmar que foi criada pelo presidente Lula, em 2009.

O termo “ideologia de gênero” tem sido amplamente debatido e criticado por setores conservadores religiosos desde os finais dos anos 1990, sendo frequentemente associado a teorias da conspiração sobre uma suposta ameaça à heterossexualidade e à estrutura familiar tradicional. No entanto, uma pesquisa recente conduzida pelo Datafolha, a pedido do Cenpec (Centro de Pesquisas e Estudos em Educação, Cultura e Ação Comunitária) e pela Ação Educativa, revela uma perspectiva diferente entre os brasileiros. Publicada em julho de 2022, a pesquisa aponta que a maioria da população defende a discussão de questões de gênero e sexualidade nas escolas. Dos entrevistados, 66% concordaram integralmente com a ideia de que as escolas devem promover o direito das pessoas de viverem livremente sua sexualidade, independentemente de sua orientação sexual. Além disso, 71% dos participantes acreditam que as escolas estão mais aptas do que os pais para abordar temas como sexualidade e puberdade. Os resultados refletem uma mudança nas percepções e nas prioridades em relação à educação sexual no Brasil. A pesquisa, que ouviu 2.090 brasileiros com 16 anos ou mais em 130 municípios, foi realizada entre 8 e 15 de março de 2022.

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