Ministros visitam famílias indígenas atingidas pela cheia do Rio Acre, em Rio Branco

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Durante intensa agenda no estado do Acre, os ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Waldez Góes e Marina Silva, visitaram nesta segunda-feira, 4, a Escola Leoncio de Carvalho, em Rio Branco, e se solidarizaram com os povos indígenas que estão abrigados no local devido à cheia dos rios acreanos.

Junto com outros integrantes da comitiva do governo federal, os ministros foram recebidos com uma breve, porém emocionante cerimônia marcada pela alegria dos povos originários, apesar do desastre ambiental que o estado enfrenta.

Durante a visita, a ministra Marina Silva destacou que os povos indígenas são os que mais preservam a natureza, mas também os que pagam o maior preço. “Os povos indígenas pagam o maior preço, mas não destroem. Eles são os que mais preservam. O que está acontecendo tem a ver com o desmatamento, as mudanças climáticas, que infelizmente os mais vulneráveis pagam o preço e estamos inteiramente solidários e trabalhando juntos. Primeiro para manter os povos indígenas nas suas terras, respeitar os seus direitos tradicionais, combater a violência e proteger nesses momentos difíceis em que toda a população é afetada”, ressaltou Marina Silva.

A secretária de Povos Indígenas, Francisca Arara, destacou a importância da visita para garantir a união de esforços em prol daqueles que perderam tudo com a enchente.

“Nesse momento é muito importante todas as parcerias que vierem, porque nesse momento, nessa situação caótica que nós estamos vivendo aqui no estado do Acre, precisam estar reunidas as instituições, sejam elas os ministérios, o Exército, a Defesa Civil, as Prefeituras, o Estado, a Sociedade Civil, para a gente dar um fôlego, porque foi muita destruição. Então, é muito importante essa união, esse alinhamento, essa parceria para que a gente venha atender as pessoas que realmente são mais vulneráveis, que perderam tudo”, destacou Francisca Arara.

Coordenada pela Secretaria Extraordinária de Povos Indígenas do Estado (Sepi), a escola Leoncio de Carvalho abriga atualmente 21 famílias indígenas, totalizando 121 pessoas atingidas pelas enxurradas e alagações. No geral, o governo do Acre estima que mais de 100 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes, sendo que, das 22 cidades, 19 estão em estado de emergência e 17 têm reconhecimento federal.

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