Com 120 mil pessoas atingidas, enchente no Acre já é considerada proporcionalmente o maior desastre ambiental da história, diz governo

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As cheias dos rios que percorrem o Acre tomaram enormes proporções em 2024. Mesmo com algumas bacias hidrográficas registrando sinais de vazantes no estado, a população da capital tem enfrentado momentos de verdadeiro terror com a devastação causada pelas enchentes. De acordo com dados do governo do Estado, mais de 120 mil pessoas já foram atingidas pelas enchentes, o que já torna proporcionalmente o maior desastre ambiental já registrado na história do Acre, conforme dados fornecidos pelos órgãos de proteção e Defesa Civil do Estado.

Das 22 cidades do Acre, 19 estão em situação de emergência, o que configura 86% do estado. A capital Rio Branco já enfrenta a segunda maior enchente já registrada, e os números se aproximam da maior enchente da história da capital acreana, que foi no ano de 2015.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Charles Santos, destaca sobre os números que tornam as cheias de 2024, o maior desastre já registrado. “Em termos de dimensões, o número de municípios atingidos é o maior desastre já registrado em todo o estado do Acre. Com relação ao município de Rio Branco, é a segunda maior cheia, mas, se for tomar as proporções, é o maior desastre ambiental que nós já tivemos.” – afirmou.

O coronel Charles Santos ainda afirma que o momento ainda é de precaução, com as áreas alagadas, há perigo de incidentes com rede elétrica, animais peçonhentos que procuram abrigo e também riscos de afogamento nos mananciais.

“Estamos num período ainda muito delicado, onde as pessoas têm que tomar conta principalmente da sua vida. Neste momento, não tem espaço para brincadeiras, pois o perigo está ao nosso lado. Animais estarão saindo do seu ambiente normal, procurando segurança, e muitas vezes esse local será nossa residência. Ao entrar e sair de casas atingidas, você não está visualizando onde está pisando e poderá sofrer um incidente.” – pontuou Santos.

Para a Defesa Civil, tecnicamente, existem os desabrigados, que são as pessoas que precisam sair de suas casas para ir aos abrigos; os desalojados, que saem de casa, mas ficam em casa de amigos ou parentes; e os atingidos, que é qualquer morador que teve sua rotina mudada devido à cheia dos rios, o que já ultrapassa o número de 120 mil pessoas afetadas.

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