18 maio 2024

Queda nos empregos afeta setores econômicos do Acre, diz pesquisa

Redação Folha do Acre

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De acordo com os dados mais recentes do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil registrou uma diminuição no número de empregos em todos os setores da economia em dezembro de 2023. Esta tendência também foi observada em todos os municípios do Acre, conforme relatado por Egídio Garó, assessor da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).

Egídio informou que, em âmbito nacional, o setor de serviços foi o mais impactado, perdendo 181.909 postos de trabalho, seguido pela indústria, com uma redução de 111.006 empregos, e a construção, que registrou 75.631 vagas a menos.

“Em dezembro de 2022, uma situação semelhante ocorreu, com todos os setores econômicos apresentando redução. O setor de serviços liderou novamente, com 188.064 postos a menos, seguido pela administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde e serviços sociais, que registraram uma diminuição de 109.851 vagas, e a indústria geral, com 114.246 empregos a menos”.

O assessor observou que essa tendência também se reflete no acumulado do ano no estado do Acre, com a maioria dos municípios reduzindo o número de vagas. “Sena Madureira se destacou nesse cenário, com a redução de 585 vagas, enquanto Rio Branco e Cruzeiro do Sul também registraram diminuição no emprego, sendo que a capital teve uma redução de 4.650 postos de trabalho”.

Em pesquisa recente realizada pela Fecomércio-AC, em parceria com o Instituto Data Control, em fevereiro de 2024, foi avaliado o nível de emprego em Rio Branco. Segundo Garó, 63,2% dos entrevistados afirmaram estar empregados no período, representando 1.461 ocupações de um total de 2.313 vagas disponíveis. “Em comparação com novembro de 2023, quando 64,2% estavam empregados, a taxa de ocupação em Rio Branco era de 1.627 postos, maior do que o observado em fevereiro de 2024”.

Os dados coletados das empresas indicaram que aproximadamente 60,2% dos trabalhadores se desligaram espontaneamente, enquanto 25,2% foram demitidos sem justa causa. Garó apontou que a migração de trabalhadores rio-branquenses para outras regiões do país, especialmente para a Região Sul, tem contribuído para a redução da taxa de ocupação por desligamento espontâneo. “Este fenômeno coloca o mercado de trabalho em Rio Branco em desvantagem em relação ao desenvolvimento, crescimento e à ampliação de postos de trabalho”, finalizou.

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