Pedro Pascoal explica contrato com a MedTrauma e diz que 3,6 mil pessoas ficariam sem atendimento com suspensão

Após as revelações da Controladoria Geral da União (CGU) sobre suposto superfaturamento de mais de R$ 9 milhões em procedimentos da Medtrauma, lideranças do governo estiveram na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (20) para fornecer esclarecimentos sobre o contrato.

O secretário de Estado de Saúde, Pedro Pascoal, liderou a comitiva, que incluía o chefe da Casa Civil, Jhonatan Donadoni, o secretário de Estado de Planejamento, Ricardo Brandão, e o secretário adjunto de governo, Luiz Calixto. Técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda e procuradores do Estado também estiveram presentes para abordar as preocupações dos deputados.

Pedro Pascoal justificou os valores praticados pela Medtrauma, destacando as limitações da tabela SUS, que não é reajustada há mais de 15 anos. Ele explicou que, devido à localização na Amazônia Legal, a logística na região é desafiadora, o que justificaria o pagamento até quatro vezes o preço da tabela SUS.

Apesar de afirmar que não há evidências que desabonem a conduta da Medtrauma no Acre para a rescisão do contrato, Pascoal ressaltou que a decisão final cabe ao governo. Ele alertou sobre possíveis impactos negativos no atendimento do Pronto-Socorro, afirmando que mais de 3.600 pessoas deixariam de ser atendidas se o contrato fosse revogado.