Moradores da “Terra Prometida” acusam governo de não pagar aluguel social e deixá-los na ‘rua da amargura’

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Os moradores da “Terra Prometida” que acreditaram na promessa feita pelos representantes da Segov e Secretaria de Assistência Social do governo do Acre estão em desespero porque receberam ordens de despejo dos locais onde moram por falta de pagamento do aluguel social que, segundo eles, está com atraso de dois meses.

Ao procurarem por ajuda dos representantes do governo eles receberam a notícia de que o contrato social dos imóveis não será renovado conforme a promessa.

“Estamos em desespero porque a gente acreditou no que foi prometido quando estávamos acampados na Assembleia de que teríamos aluguel social por 36 meses até que uma solução definitiva fosse encontrada. Agora além de dois meses atrasados nós seremos despejados e simplesmente eles não querem cumprir o que foi prometido. E agora onde iremos morar”? Questiona Jorge Feitosa.

Jorge Feitosa foi um dos inúmeros moradores ouvidos pela imprensa na manhã de sexta-feira (16).

As pessoas que estão em situação de desespero são as mesmas que tiveram acampadas no hall da Assembleia Legislativa por dois meses e saíram no final de outubro após aceitarem a proposta de representantes  do governo.

Outra pessoa ouvida pela imprensa foi Daniela Albuquerque que afirma que muitas foram as promessas feitas pelos representantes do governo e que agora estão sendo descumpridas.

“Agora é aluguel em atraso, estamos ameaçados de despejo. Prometeram nos dar suporte, que seria aluguel de 36 meses e até que foram seis meses sendo que em até uns em atraso”, diz.

Daniela também explica a falta de suporte da Secretaria de Assistência Social ao não auxiliar na realização dos cadastros, sendo que há pessoas que sequer tem acesso à internet.

“Ele não auxiliam. Tem pessoas que não sabem nem lidar com internet, tem dificuldade para entrar no site sendo que eles prometeram que cuidariam no site. Tem gente que nem celular ou internet tem”, diz.

A moradora Maria Antônia diz que se os contratos não forem renovados não há saída para eles, pois não tem onde onde morar.

“Não temos para onde ir. Eu tenho duas crianças, sendo uma delas especial. Eles, do Governo , para que aceitássemos o aluguel sociais e agora eles querem dinheiro. Eu não voltei para Assembleia por que nos pediram e agora deu nisso. Já saí daqui do Jorge Lavocat a pé lá para a Secretaria de Assistência Social para deixar um recibo. Peço ajuda ao Ministério Público, Defensoria, a qualquer um que possa nos ajudar”, declara.

A reportagem tentou contato com a secretária de Assistência Social, Zilmar Almeida, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. 

Extraoficialmente recebemos a informação do secretário adjunto da Segov, Luiz Calixto, de  que não são dois meses de alugueis atrasados e sim um. Sobre o rompimento dos contratados eles afirma que há requisitos para continuação.

“Cada caso é um caso, tem gente que recebia aluguel social e aí começou a trabalhar e obviamente não se enquadra mais”, diz.

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