Foi criado um gabinete de crise com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a segurança estadual do Rio Grande do Norte. Buscam entram para o terceiro dia
As buscas pelos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, contam com mais de 300 agentes de segurança, além do uso de três helicópteros e drones. Desde quarta-feira (14/2), os governos federal e estadual trabalham para recapturar Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. Os fugitivos são ligados a uma facção criminosa do Rio de Janeiro.
A Secretaria Nacional de Políticas Penais criou um gabinete de crise com representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da segurança estadual do Rio Grande do Norte. A Interpol, que conta com 100 agentes federais trabalhando no caso, já inseriu o nome dos fugitivos na lista vermelha, que é um pedido às autoridades em todo o mundo para localizar e prender provisoriamente uma pessoa pendente de extradição, entrega ou ação legal semelhante.
O ministro da Justiça e Segurança Pública Ricardo Lewandowski afirmou, em entrevista coletiva na quinta-feira (15/2), que há duas investigações em curso. Uma delas tem o objetivo de apurar as reponsabilidades da fuga e que podem levar a um processo administrativo. Ela está sob a liderança do titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais, André Garcia. Também há um inquérito no âmbito da Polícia Federal para apurar eventuais reponsabilidades de natureza criminal das pessoas que, eventualmente, facilitaram a fuga dos dois detentos da penitenciária.
O ministro também declarou que os investigadores acreditam que os fugitivos estejam a cerca de 15 quilômetros do presídio. “É um local de matas, uma zona rural. Temos notícias que uma casa, rural, tenha sido invadida, onde houve furto de roupas e comidas e, certamente, isso pode estar relacionado a esses dois fugitivos que estão tentando sobreviver nesta área que se encontram”, disse Lewandowski.
Correio Braziliense