Há uma semana, os dois fugitivos acreanos do complexo penitenciário de segurança máxima de Mossoró, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, estão sendo caçados, não apenas pelas forças de segurança, mas também pela cúpula do Comando Vermelho (CV). Eles, anteriormente ligados ao CV, agora enfrentam condenação à morte por suposta traição, ao tentarem formar uma nova organização criminosa após a fuga espetacular.
A liderança do CV no Rio Grande do Norte decretou as mortes, alegando que a dupla traiu a facção ao buscar criar sua própria organização. A exposição do nome do CV durante a fuga histórica desagradou a cúpula, reforçando a hipótese de que os fugitivos estão escondidos na mata desde a fuga.
Como ex-membros do Comando Vermelho, eles não contariam com apoio de outras facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) ou o Sindicato do Crime, devido à intolerância a traições. A dupla foi jurada de morte por presos apontados como líderes do CV no Acre, Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, atualmente em custódia na Penitenciária Federal em Mossoró.
A caçada, que entra no sexto dia, envolve mais de 600 policiais e agora conta com o reforço da Força Nacional autorizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública. Medidas como uso de agentes, drones e cães farejadores são empregadas, mas a passagem do tempo dificulta a recaptura, com a busca concentrada em um raio próximo à penitenciária. A força-tarefa descobriu que os fugitivos fizeram uma família refém e roubaram mantimentos, intensificando os esforços na região de 15 km ao redor da unidade prisional.