O governo federal vai comprar 119 scannerscorporais, conhecidos como body scan, para reforçar as revistas em presídios de 22 estados e do Distrito Federal. As imagens, geradas por ondas milimétricas, transpassam roupas e tecido humano e são alvo da reclamação do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções do país.
O uso do body scan fez o PCC jurar de morte diretores de um presídio em Avaré, em São Paulo, no ano passado. Isso porque, rigoroso, o equipamento apontou indício de que a esposa de um traficante teria entrado na penitenciária com objetos ilícitos dentro do corpo. Após uma revista feita por médicos, contudo, nada foi encontrado.
O uso do body scan também foi criticado por Luciane Farias, esposa do líder do CV no Amazonas, Clemilton Farias, o Tio Patinhas, durante uma audiência com parentes de detentos realizada no Ministério dos Direitos Humanos em 2023. Condenada por lavar dinheiro para o CV, Luciane recorreu da sentença e responde em liberdade.
Metrópoles