No início deste mês, o acreano Francilício dos Santos Nogueira, de 47 anos, viveu dias de angústia ao ser preso sob a acusação equivocada de estar foragido desde 2010 por um suposto crime de estupro de vulnerável em Fortaleza, Ceará. A detenção ocorreu no município de Vera Cruz, no Rio Grande do Sul.
A reviravolta na história se deu quando um alvará de soltura, emitido pela 12ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, revelou um erro que resultou na prisão injusta de Francilício por cinco dias. O equívoco surgiu devido à semelhança do nome dele com o verdadeiro acusado, Francilucio, induzindo a polícia ao erro.
Residente em Vera Cruz desde 2005, o acreano já construiu uma família na localidade. No momento da prisão, ele foi conduzido ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, onde enfrentou situações constrangedoras, incluindo a necessidade de cortar o cabelo. Francilício descreveu o impacto psicológico da prisão injusta: “Eu não soube nada até chegar à penitenciária. Estou fazendo tratamento psicológico para conseguir me reestabelecer. É uma insegurança muito grande”, relatou. O incidente levanta questões sobre a necessidade de maior cuidado na identificação de suspeitos para evitar injustiças desse tipo.