A advogada acreana Lúcia Ribeiro é uma das finalistas do Prêmio Best Sister in Law 2023, que reconhece mulheres negras que se destacaram na advocacia, contribuindo para mais representatividade no mundo do direito.
Natural de Xapuri, terra de Chico Mendes, Lúcia disputa a premiação na categoria Direitos Humanos, por conta de seu extenso currículo pessoal e profissional ligado a questões de raça e gênero.
“Me inscrevi na categoria Direitos Humanos porque envolve toda minha trajetória de vida, militância e exercício da advocacia”, comenta a doutoranda em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB) e professora do curso de Direito da Estácio Unimeta.
Lúcia exerce a advocacia desde 2011, com atuação na área criminal, previdenciária, criança e adolescente, família, violência contra a mulher, entre outras. Por não conseguir trabalho em outros escritórios, ela montou e mantém seu próprio espaço “com muita luta e dificuldade”.
Como primeira secretária adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Rio Branco, implantou as políticas públicas de enfrentamento ao racismo.
Integrou, ainda, o grupo de trabalho da Reforma do Código Penal, como especialista convidada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República. Na ocasião, propôs alterações ao anteprojeto nos temas relacionados ao racismo.
Além disso, Lúcia é militante de direitos humanos e do movimento de mulheres, atuando com pessoas da cidade e da zona rural, entre elas seringueiras e ribeirinhas, com orientações acerca de seus direitos sociais, políticos e sexuais.
“Estou muito feliz em fazer parte das finalistas. Eu, acreana de Xapuri, formada no Acre, estou concorrendo com mulheres de todo o Brasil, em razão da minha história de resistência, resiliência e de luta em favor dos direitos humanos”, afirma a professora.
A Gazeta do Acre