Subprocurador-geral que denunciou Gladson ao STF já disse que Lula foi perseguido pela Lava Jato; Santos já foi cotado para comandar a PGR

Cotado em julho deste ano para assumir o comando da Procuradoria Geral da República (PGR), o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, é o responsável pelo inquérito dos atos do dia 8 de janeiro, em que grupos bolsonaristas depredaram as sedes dos três poderes e Brasília.

É dele também a denúncia feita contra o governador Gladson Cameli (PP) e mais 12 pessoas no âmbito da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal contra a cúpula do governo do Acre.

Nos corredores de Brasília, há a narrativa de que o oferecimento da denúncia contra o governador do Acre, do Progressistas, foi uma espécie de demonstração ao governo Lula para cacifar sua indicação ao comando da Procuradoria, isso porque o documento foi protocolado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) dia 28, terça-feira.

Na quinta-feira, dia 30, Lula manteve reunião com Flávio Dino, indicado para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), e Paulo Gonet, subprocurador-geral da República e o primeiro indicado de Lula para ocupar o cargo de procurador-geral da República.

Os nomes de Flávio Dino e Paulo Gonet ainda passarão por aprovação no Senado Federal, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Isso quer dizer que Carlos Frederico não está fora do jogo, uma vez que os senadores podem rejeitar o nome de Gonet. Isso levaria Lula indicar um novo nome.