Família de enfermeira morta em perseguição policial vai à Aleac pedir apoio de deputados

Familiares da enfermeira Géssica Melo de Oliveira, de 32 anos, que foi morta durante perseguição policial no último sábado (2) na BR-317, em Capixaba, interior do Acre, foram até a Assembleia Legislativa (Aleac), nesta terça-feira (4), pedir o apoio dos deputados.

O grupo foi recebido pelos deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Adailton Cruz (PSB), que se comprometeram em acompanhar de perto o caso e disponibilizar assessoria jurídica para auxiliar a família, se for o caso.

Segundo a família, a enfermeira teve um pulmão e o estômago atingidos por dois tiros disparados pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) durante a perseguição policial. O Gefron afirma que Géssica estava armada, fazia manobras perigosas que colocavam em risco a vida de outras pessoas e por isso atiraram no carro para pará-la.

A sobrinha de Géssica, a autônoma Alisandra Freitas, que esteve na Aleac nesta terça disse que a família foi em busca de apoio para que o caso não fique impune. Eles pediram que a Justiça seja feita e que a memória da enfermeira seja respeitada.

“Viemos em busca de apoio para que não fique impune, para não cair no esquecimento, que a verdade venha à tona e que não fiquem sujando a imagem dela, porque o que sai não é verdade. Ela não tinha arma, ela não tinha condições, nem financeira, nem psicológica, de manusear uma arma, porque uma arma de 9 mm exclusiva do Exército e da polícia, como é que ia estar com uma cidadã? Não tem lógica isso. Ela não era essa coisa que estão falando dela, ela não é bandida. Ela precisava de ajuda. Uma pessoa que sofre com depressão precisa de ajuda, não de julgamentos”, afirmou a sobrinha.

Alisandra disse ainda que há dois anos a enfermeira enfrentava a depressão e que a família chegou a buscar ajuda, mas que não conseguiu. “Não é fácil. Mas, a gente vai usar as últimas forças para provar que ela não era o que estão falando e que a justiça seja feita, porque isso não pode ficar impune, quem deve tem que pagar. Eles não podem defender outras pessoas, sendo que eles atiraram para matar. Eles não atiraram para impedir ela de continuar, eles atiraram para matar.”

Informações G1