Com uma média de 203 desaparecidos por dia, o Brasil registra um dos índices mais altos do mundo, chegando a quase 62 mil casos apenas este ano. Preocupado com a situação, o governo federal reuniu delegados e autoridades da Polícia Civil de todo o país para discutir o tema em um encontro realizado em Brasília. O Acre foi representado no evento pelo delegado Robert Alencar, coordenador da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter).
Dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que os registros de desaparecidos no Acre aumentaram em 57% em 2022 em comparação ao ano anterior, totalizando 384 casos. A taxa de desaparecimentos a cada 100 mil habitantes no estado é de 46,3, superando a média nacional de 32 casos.
Durante o encontro, foi lançado o “Caderno Temático de Referência: Fundamentos da Busca de Pessoas Desaparecidas e Investigação de Desaparecimento de Pessoas”, um documento inédito que aborda diretrizes, conceitos e métodos investigativos para ajudar no enfrentamento do problema.
Para o delegado Robert Alencar, o evento desempenha um papel fundamental na formulação de novas diretrizes e na busca por soluções para os casos de desaparecimento. Além disso, destacou a importância de iniciativas como essa que visam aprimorar as técnicas de investigação e promover uma abordagem coordenada para lidar com essa questão complexa.
No entanto, apesar dos números alarmantes, é importante ressaltar que iniciativas como o encontro em Brasília têm trazido resultados positivos, com 38.475 pessoas sendo localizadas no mesmo período. Também foram realizados cursos e workshops para capacitar os profissionais que lidam com esses casos, visando uma pronta resolução e localização das pessoas desaparecidas.
É preciso destacar que os desaparecimentos são uma preocupação em todo o país, com o Sudeste registrando o maior número de casos, seguido pelo Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. São Paulo e Distrito Federal se destacam como os estados com maiores taxas de desaparecimentos.
Informações O Acre Agora