O empresário Caio Henrique Oliveira Poersch, que atingiu o motociclista Renan Felipe Bezerra da Silva em um acidente no final de julho, que causou a amputação de uma perna de Silva, foi indiciado pela Delegacia da 4ª Regional, no bairro Tucumã, por lesão corporal culposa, artigo 303 do Código de Trânsito Brasileiro.
Conforme apurado pela reportagem, a decisão do dia 19 de outubro deste ano cita que Poersch dirigia acima da velocidade permitida na via, e feriu quatro pessoas. Além do motociclista, ficaram feridos o passageiro que Silva levava e um casal de estudantes que estava em um carro que também foi atingido por Poersch.
“De acordo com a investigação, a pessoa de Caio Henrique Oliveira Poersch estava dirigindo o veículo […] quando adentrou em sentido contrário de tráfico e causou o acidente. A via possui o limite de velocidade em 40 Km/h de acordo com o laudo pericial, mas Caio Henrique estava a uma velocidade de 53 Km/h quando colidiu na motocicleta que estava sendo conduzida por Renan Felipe”, destaca o indiciamento.
O inquérito ressalta ainda que as diligências constataram que o “comportamento irregular do condutor” como causa determinante do acidente. “O exame de corpo de delito de Renan Felipe Bezerra da Silva conclui no sentido de que houve ofensa à integridade física produzida por ação contundente, que resultou na inutilização do membro inferior esquerdo”, acrescenta.
A investigação também verificou que Poersch estava com a CNH vencida desde 2021, e que tem um longo histórico de infrações e multas por estacionar em local proibido, estacionar em vagas reservadas para idosos, estacionar descumprindo o estacionamento rotativo, e estacionar no passeio.
Ao g1, a defesa de Poersch ressaltou que a conclusão do inquérito é o trâmite normal do procedimento investigativo, e que o processo segue ao Ministério Público que vai fazer seu papel legal. O advogado Mário Rosas também afirmou que seu cliente agiu desde o início do processo com solidariedade, empatia e ajudando como possível.
“A conduta de Caio foi sempre pautada na responsabilidade, empatia e solidariedade. Sabemos que o mais importante é o cuidado da saúde de Renan que foi o mais afetado e assim vamos continuar seguindo”, ressaltou.
Sobre as multas citadas pela investigação, o advogado alega que são de outro estado, onde amigos do empresário usaram o veículo durante de férias. Além disso, as multas também e estão em trâmite de recurso, segundo Rosas. “A carteira vencida foi um equívoco, inclusive na própria perícia consta que a CNH está válida e em dias”, alegou.
G1