Uma família de Mâcio Lima, município do Vale do Juruá, no interior do Acre, passa por atendimento médico na última quarta-feira (8) no hospital público da cidade após ser atingida por um raio que caiu sobre a residência em que vivia durante chuva na noite de ontem. Não há informações ainda sobre o estado de saúde das pessoas atingidas.
Em Mânco Lima, é cada vez mais frequente a ocorrência de raios atingindo a comunidade, tanto na zona urbana como rural. Nos últimos cinco anos, pelo menos quatro ocorrências graves do fenômeno foram registradas no município. A primeira vítima desta série foi em 2019, quando uma menina de 13 morreu após ser atingida por raios na zona rural de Mâncio Lima, enquanto brincava e tomava banho na chuva.
Na época, o Instituto Médico Legal (IML), que recolheu o corpo no local do acidente, informou que o raio que matou a menina atingiu a antena do telefone rural da casa e fez um rombo na cobertura da residência. A mãe da menina, que estava dentro de casa, também atingida, chegou a desmaiar.
No feriado de 1º de maio deste ano, também em Mâncio Lima, uma nova descarga atingiu uma mulher dentro de sua residência durante forte temporal na cidade. Identificada como Elissandra, a mulher foi foi atingida dentro da própria casa
Mãncio Lima, mesmo com tantas ocorrências, ainda não consta do ranking nacional das cidades que mais registram esses fenômenos.
O ranking é estabelecido pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com a instituição, o novo ranking de incidência de raios nos municípios pertencentes aos estados cobertos pela Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas no biênio 2009-2010, engloba os estados do Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste do país.
Nessas regiões, a incidência de raios no último biênio se manteve estável em relação aos biênios anteriores, com variações inferiores a 5%. Entretanto, considerando somente as cidades acima de 200 mil habitantes – que possuem maior urbanização – houve um aumento de 11% em relação à média dos dois últimos biênios. Os dez municípios com maior incidência estão localizados na região metropolitana de São Paulo e no sul do estado do Rio de Janeiro – com exceção de Belford Roxo.
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