Delegados pedem para Gladson afastar imediatamente Henrique Maciel: “sem conduta ilibada”

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Acre (Adepol) formalizou pedidos de afastamentos do diretor-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel. Os pedidos de afastamento foram feitos através do Ofício 048/2023 encaminhado ao governador do Acre, Gladson Cameli, e ofício 49/2023 encaminhado ao próprio Henrique Maciel e o ofício 047/2023 endereçado ao secretário de Segurança, Américo Gaia.

De acordo com os delegados, Henrique Maciel não tem conduta ilibada para continuar no cargo e frisaram que ele pode até comprometer a respeitabilidade da instituição.

“Os Delegados de Polícia do Estado do Acre, pela sua entidade de classe, querem e buscam uma Polícia Civil forte, capaz de exercer seu mister constitucional com primor e com reconhecimento social. O desgaste público ultimamente enfrentado pelo Delegado Geral repercute no enfraquecimento institucional e, de certa forma, expõe as metas governamentais que buscam oferecer um serviço público de qualidade para toda a população acreana”, diz trecho de documento enviado ao governador Cameli.

No documento enviado ao próprio diretor-geral os delegados dizem que não se sentem mais representados por ele.

“Desta forma, os Delegados integrantes da Asociação dos Delegados da Policia Civil do Estado do Acre A(DEPOL) não se ve mais representados enquanto vossa excelência estiver na condução dos destinos da instituição. Por tudo acima exposto a Adepol por seus associados deliberou de maneira unânime que V. Ex° não atende mais aos requisitos da conduta ilibada e da defesa institucional, motivo pelo qual requer seu afastamento imediato da função”, frisou.

O presidente da entidade expôs também um comunicado ao secretário de Segurança, José Americo Gaia, relatando o desvio de conduta de Maciel, a abertura de investigação contra ele pelo Ministério público e a ampla repercussão na imprensa. Na ata da assembleia geral os delegados concordam que a prerrogativa de afastar o delegado é exclusiva do governador. A Casa Civil não se pronunciou, tampouco o secretário e a assessoria de Gladson Cameli.