Henrique Lima dos Santos, de 21 anos, sobreviveu a momentos de violência extrema ao ser condenado pelo “tribunal do crime”; a ser submetido ao que é chamado no meio das facções criminosas de “disciplina”, onde a pessoa é brutalmente espancada, torturada, tem os membros fraturados e perfurados por ter cometido alguma ação que desagradou a organização criminosa.
Essas sessões de tortura física, também são chamadas de segunda chance, onde a pessoa sofre todo o tipo de agressão, mas nenhum golpe ou tiro letal.
De acordo com informações, Lima foi encontrado por moradores rastejando na rua próximo a Escola Professor Pedro Martinello, no bairro Montanhês, parte alta de Rio Branco.
O rapaz apresentava hematomas, cortes e fraturas por quase todo corpo. Ele teria sido espancado com pedaços de ripas de cerca com pregos nas portas, teve as duas pernas e um braço fraturado pelos golpes, além de sofre perfurações a faca em várias partes do corpo.
Na região, a exemplo de quase todos os bairros periféricos, impera a “lei do silêncio “, onde muitos sabem os autores, a motivação, mas não podem falar com medo de represálias das facções criminosas que ditam as regras e impõem medo e pavor aos moradores.
Policiais militares que atenderam a ocorrência confirmaram que o jovem foi “disciplinado” por membros de uma facção criminosa, a motivação ainda não foi descoberta e a vítima não quis falar.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-SAMU, prestou os primeiros atendimentos e encaminhou a vítima ao Pronto-Socorro da capital.
A Gazeta do Acre