“Salvação” do Rio Acre é replantar a mata ciliar e dar educação ambiental, diz pesquisador

O geógrafo Claudemir Mesquita, reconhecido como um dos principais estudiosos da Bacia do Rio Acre, foi o convidado do programa Boa Conversa, apresentado pelos jornalistas Leônidas Badaró e Astério Moreira, que foi ao ar nessa quinta-feira, 12, pelas plataformas online do ac24horas.

Com a “bagagem” de quem estuda o Rio Acre há décadas, Claudemir se mostra triste com a situação do manancial que sofre com a ação do homem, o destruindo ao longo dos anos. “O rio mais difícil de atravessar é aquele que separa as palavras da atitude. Desmataram as margens dos igarapés, dos afluentes e do próprio Rio Acre e agora estamos sofrendo as consequências. Resultado da ocupação desordenada”, diz.

Para Claudemir Mesquita, depois de tantos anos de “abandono”, só existem duas coisas que podem ser feitas para salvar o Rio Acre e passa, antes de tudo, pela educação das próximas gerações.

Uma delas é a recuperação da Mata Ciliar. “Não existem outras ações que os governos possam fazer se não for a recuperação da Mata Ciliar. Não adianta botar pedra e cimento na beira do Rio. Estamos vendo hoje, 12 anos após terem feito esse calçadão em Rio Branco, se desmanchando porque o Rio é vivo e vai levar tudo”, afirma.

Mesquita diz ainda que o outro caminho é a educação ambiental. “Precisamos vir de Assis Brasil até aqui fazendo educação ambiental, conscientizando as pessoas.

Visitar todas as escolas, câmaras municipais, associações de produtores e moradores mostrando os impactos. Mas não é uma palestra que vai resolver, são pelo menos 10, 15 anos de trabalho para mudar a consciência das pessoas”, explica.

Ac24horas