Defesa também havia pedido exame de insanidade, absolvição sumária por legítima defesa e exclusão de qualificadoras, o que também foi negado. Advogado diz que levará o caso ao STJ e STF.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre manteve a decisão para levar ex-sargento da Polícia Militar, Erisson de Melo Nery, a júri popular no caso em que ele responde por atirar no estudante Flávio Endres Ferreira durante uma briga em um bar de Epitaciolândia, no interior do Acre.
A informação foi confirmada ao g1 pelo advogado Matheus Moura, que está na defesa de Nery. Moura também informou que agora levará o caso ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Agora, vamos apresentar o recurso especial no STJ e o recurso extraordinário no STF, para tentar cassar esse acórdão aqui do Tribunal de Justiça”, explicou.
Nery ficou nacionalmente conhecido após assumir um trisal com outras duas mulheres, em 2021. À época, eles criaram um perfil nas redes sociais para compartilhar o dia a dia. Ele deixou a prisão no dia 24 de agosto e passou a cumprir medidas cautelares.
Além de tentar reverter a decisão pelo júri popular, a defesa também havia pedido exame de insanidade, absolvição sumária por legítima defesa e exclusão de qualificadoras, o que também foi negado.
Tentativa de homicídio
O ex-militar foi preso em novembro de 2021 por atirar no estudante Flávio Endres Ferreira durante uma briga em um bar de Epitaciolândia, no interior do Acre. Neste caso, ele responde por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e lesão corporal grave.
O estudante levou ao menos quatro tiros e ficou com sequelas em uma das mãos. Após passar por uma cirurgia na região do abdômen e ficar nove dias internado no pronto-socorro de Rio Branco, o estudante recebeu alta no dia 7 de dezembro de 2021.
O ex-sargento ainda responde criminalmente pela morte de um adolescente de 13 anos em 2017. Em fevereiro deste ano, a Polícia Militar decidiu expulsar Nery da corporação por entender que o ex-militar feriu a conduta ao atirar no estudante. Os dois processos contra Nery ainda não foram julgados.
Em julho do ano passado, a Vara Única Criminal da Comarca de Epitaciolândia fez uma audiência de instrução e julgamento do PM após recebimento da denúncia.
G1/AC