Fiéis emocionados lotaram a Gameleira, em Rio Branco, para acompanhar o encontro das imagens de Jesus Cristo e Nossa Senhora de Nazaré, ato que marca o início da procissão em devoção à Santa. A festa religiosa teve início às 6h da manhã, com Alvorada e finalizou às 18h, com a procissão do Círio, seguida da Missa Solene.
O bispo da Diocese de Rio Branco, Dom Joaquim Pertinez, destacou a importância deste momento, que reúne milhares de fiéis que pedem, agradecem e celebram a Santa.
“É a festa da mãe e a mãe merece tudo. A mãe padroeira, a mãe de nossa Catedral de Rio Branco. É uma festa bonita, com tanta gente, tantos devotos, que não pouparam esforços para estar aqui professando seu amor, fé e devoção. É festa, alegria, muita união, devoção à Nossa Senhora, cada um tem seus motivos para agradecer, para pagar promessas, honrar e para rezar àquela que pode interceder por cada um de nós que ainda peregrinam por este mundo que é a casa do pai”, disse.
“Maria discípula na fé e no serviço” é o tema de 2023. A aposentada Josefa Silva, de 69 anos, diz que todos os anos faz questão de fazer essa caminhada de fé.
“Me sinto muito bem. Ainda trago minhas irmãs, vizinhas, eu vou chamando. Costumo acompanhar até o final e fazer minhas preces. É que a gente que é mãe tem que estar sempre pedindo pelos filhos, pela família. O meu pedido de mãe é pela minha família, adoração à Santa, a gente tem aquele respeito”, diz.
Muito emocionada, Maria Raquel, de 77 anos, de Santa Catarina, que mora no Acre desde 1988, aguardava a chegada da imagem da Santa e se emocionou. “Eu venho para agradecer por tudo que a gente recebe”, disse emocionada.
Aos 48 anos, Gisele Nascimento foi fazer um pedido pela saúde. Ela conta que a mãe a ensinou a ser devota e hoje faz questão de sempre participar da celebração.
“Vim fazer um pedido pela minha saúde, para minha coluna. Faz três anos que estou sofrendo e vim fazer o pedido para ser curada. Sou muito devota, desde criança, eu nasci dentro da igreja. A minha mãe de criação, que era minha avó, trabalhava na igreja. Então, cresci e aprendi muita coisa com ela na igreja. E até hoje eu sou muito devota à Nossa Senhora. Todos os anos eu venho agradecer, a mãezinha é muito poderosa e eu entrego minhas dores pra ela. Porque, como ela sofreu pelo seu filho, na cruz, eu entrego minhas dores muito pra ela. Hoje só Deus e ela vão me ajudar na caminhada e a gente vai chegar até na igreja”, disse.
G1