“Sob pretexto de ajudar grupos minoritários, que sofreram algum tipo de discriminação, você acaba discriminando”. É com esse argumento que o senador acreano Marcio Bittar (União) votou nessa terça-feira (24) a favor de uma emenda para acabar com as cotas raciais e para pessoas com deficiência em institutos e universidades federais do país.
A sugestão foi rejeitada pela maioria dos 46 senadores presentes, durante a análise da atualização da Lei de Cotas, de 2012. Com a sugestão descartada, o projeto de lei que amplia o público atendido pela reserva de vagas nas universidades e reduz a renda máxima para ter direito ao benefício foi aprovado. Agora, segue agora para sanção pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as mudanças, está a inclusão de quilombolas no texto da lei que reserva 50% das vagas em universidades e institutos federais para estudantes de escolas públicas. A metodologia também vai ter atualização anual nos percentuais de pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD).
Bittar foi o único senador da bancada do Acre que votou contra o projeto que amplia o sistema de cotas. “Eu sou contra as cotas. Acho que ninguém deve ter o direito de entrar nas universidades por conta da cor da sua pele ou pelo seu sexo. Quem tem que entrar na universidade é aquele que passou no vestibular”, declarou.
Fonte: Agazeta.net