Vereador sequestrado conta que família passou várias horas com arma na cabeça

Em depoimento na tarde desta terça-feira, 8, o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Acre, José Leal e a esposa, acompanhados do advogado Everaldo Pereira, relataram ao delegado Kalesso Nespoli, que foram assaltados e feitos reféns por quatro assaltantes.

A família foi abordada em casa pelos criminosos na noite desta segunda-feira, 7. O vereador ainda chegou a entrar em luta corporal com os bandidos, quando um deles chegou a atirar e por pouco não acertou o rosto de sua esposa.

As vítimas contaram ainda que passaram mais de 6 horas com os assaltantes em casa sofrendo torturando psicológica com armas apontadas para suas cabeças.

Durante toda a noite, a cada telefonema feito por familiares eram obrigados a fingir, sob a mira de pistolas automáticas, que tudo estaria bem.

O vereador disse ainda que só não foi morto porque os bandidos descobriram que o mesmo era Presidente da Câmara de Porto Acre e que sua morte seria uma grande repercussão.

Leal, a mulher e o filho foram levados na madrugada para um milharal na região da Estrada do Quixadá, onde ficaram vigiados por dois comparsas, ao tempo que outros dois, atravessaram o veículo da família para a Bolívia.

No depoimento, o vereador contou que os bandidos acessaram a internet e viram que o caso já havia se tornado público. “A foto do homem está nos jornais, não podemos matar eles. vai dar maior confusão para nós. Teu pai não vai levar uma bala na cabeça, por tua causa, pede para ele te agradecer, só não vamos matar ele, para você não ver e ficar uma criança traumatizada”, disseram ao filho do parlamentar, de apenas 10 anos.

Por fim, os bandidos pediram para o casal e a criança virar de costas, não olhar para nenhum lado durante 30 minutos e foram embora.

Ac24horas