8 maio 2024

Livro Discurso midiático sobre o indígena na cidade é lançado pela AJEB, no Rio de Janeiro

Assessoria

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A jornalista e escritora, Silvania Pinheiro Diniz, proferiu na tarde desta sexta-feira, no Rio de Janeiro, uma palestra intitulada “Formas e vozes do Povo Indígena Jaminawa na cidade”, baseada na dissertação do mestrado em Letras: Linguagem e Identidade, que resultou na edição do seu livro “Discurso midiático sobre o indígena na cidade”, lançado, também, no mesmo encontro cultural e literário.

O evento, coordenado pela presidente da Associação das Jornalistas e Escritoras do Brasil (AJEB) no Rio de Janeiro, Zara Paim, contou com a presença da presidente da AJEB no Acre, jornalista e escritora Socorro Camelo e da vice-presidente da AJEB no Acre, professora, escritora e poetisa, Edir Figueira Marques, e ocorreu no Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro Rio), na presença de várias escritoras, escritores, professores, jornalistas e profissionais do segmento cultural-literário.

A presidente da AJEB no Rio de Janeiro, escritora Zara Paim, destacou a importância de valorização e disseminação das diferentes culturas no Brasil e no mundo, lembrando que a AJEB atua no sentido de incentivar mulheres pensadoras a participarem ativamente das produções literárias, de maneira que contribuam com as vozes silenciadas que necessitam ecoar em todos os espaços das sociedades as quais pertencemos.

Zara Paim já esteve no Acre, participando de atividades da Academia Acreana de Letras (AAL), a convite do poeta acreano, Mauro Modesto, sendo ela uma estudiosa e especialista acerca dos escritos de Euclides da Cunha. Durante sua fala, ela, que também é presidente do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais (InBrasci), entregou à escritora e vice-presidente da AJEB no Acre, Edir Figueira Marques, uma placa em homenagem póstuma ao poeta Mauro Modesto, que era governador do InBrasCi no Acre.

A escritora, poetisa e professora Edir Figueira Marques agradeceu o reconhecimento ao poeta Mauro Modesto, que era seu esposo, e disse sentir-se honrada não somente pela grande obra de Mauro Modesto, que além de publicar 13 livros de natureza poética, teve uma vida dedicada à educação e à cultura acreana e brasileira, sendo ele mesmo um disseminador diário das artes literárias desde às ruas, aos palcos dos teatros, até as salas de aulas das escolas públicas.

Na ocasião, Silvania fez um agradecimento especial ao poeta (In memoriam) Mauro D´ávila Modesto, a quem denomina seu mestre na arte literária, e iniciou sua palestra fazendo um retrospecto da história do povo indígena Jaminawa, suas características e transitoriedades na Amazônia.

“É uma grande honra poder estar numa cidade como o Rio de Janeiro, que remonta aos tempos da própria colonização, portanto tem a origem viva dos nossos povos indígenas entranhada em sua história e memória, uma vez que quando os portugueses aqui chegaram, eles já estavam aqui, em suas casas, em suas terras, essa é a verdade”, disse ela.

A escritora discorreu sobre os deslocamentos da etnia Jaminawa entre floresta e cidade, por meio do censo do IBGE 2010, suas principais características e práticas sociais em ambiente urbano, incluindo as experiências de povos que habitam os centros urbanos de várias regiões do Brasil, e trazendo dados atuais sobre o Censo Indígena 2023, que mostra o aumento desses povos em áreas urbanas, sendo a sua maioria nos estados da Amazônia Legal.

No segundo momento da palestra, Pinheiro Diniz abordou a linguagem esteriotipada da imprensa acerca desses sujeitos indígenas, suas relações e práticas sociais no contexto do cotidiano entre as sociedades urbanas em plena pós-modernidade, convidando todos a refletirem sobre a situação e diversidade no sentido humano da palavra.

“Que nossas mentes sejam descolonizadas para entendermos que o sentido da vida está nas relações humanas entre todos os sujeitos, e em constantes movimentos, independente de sua cor, raça, religião ou qualquer gênero, e assim possamos permitir respeito, dignidade e cidadania a um Brasil originário e verdadeiramente indígena”, concluiu ela.

A presidente da AJEB no Acre, jornalista e escritora Socorro Camelo, agradeceu a receptividade da AJEB Rio de Janeiro, e disse em seu discurso que a AJEB Acre tem buscado desempenhar sua função de estimular o pensamento humano aliado aos diversos dons e talentos de mulheres de diferentes culturas em todo o estado. ”Agradeço a receptividade das escritoras e jornalistas do Rio de Janeiro em nos acolher de forma tão carinhosa. O lançamento do livro da nossa ajebiana, a escritora e jornalista Silvania Pinheiro está muito prestigiado com a presença de quem faz cultura no Rio de Janeiro e estamos muito felizes e agradecidas” finalizou .

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