18 maio 2024

Letalidade da Polícia Militar de São Paulo aumenta 11% nos seis primeiros meses do governo Tarcísio

Redação

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O número de mortes causadas por policiais militares aumentou 11% nos seis primeiros meses de 2023 no estado de São Paulo, atualmente governado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). De janeiro a junho, 201 pessoas foram mortas em confrontos com policiais militares. Foram 181 óbitos no mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2023, morreram 11 policiais militares. Foram dez óbitos no ano passado. Pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública reuniram as estatísticas, da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (31) na CNN Brasil.

Os dados foram publicados em um contexto no qual foram contabilizadas pelo menos dez mortes desde a última quinta-feira (27) no município do Guarujá (SP) em consequência de confrontos entre policiais militares e suspeitos de crimes. Os óbitos aconteceram após a morte do policial militar Patrick Bastos Reis, de 30 anos, que morreu após ser baleado próximo ao túnel da Vila Zilda. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a polícia e afirmou que “não houve excesso” na chacina policial.

A Secretaria de Segurança Pública informou que, “no primeiro semestre de 2023, as forças policiais detiveram um total de 95.394 pessoas, representando um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior”.

“Em 99,76% dessas ocorrências não houve registro de mortes em confronto. Os números mostram que a principal causa das mortes decorrentes de intervenção policial não é a atuação da polícia, mas, sim, a opção do confronto feita pelo infrator, que subjuga as vítimas, colocando-as em risco, assim como todos os participantes da ação. Todos os casos dessa natureza são rigorosamente investigados pelas respectivas corregedorias, encaminhados ao Ministério Público e julgados pelo Poder Judiciário”, complementou.

A Segurança Pública disse continuar “investindo de forma contínua no treinamento do efetivo e na implementação de políticas públicas para reduzir as mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP), que incluem o aprimoramento constante dos cursos e treinamentos”.

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