Representantes dos moradores da área da Terra Prometida, na região do Irineu Serra, em Rio Branco, retiradas do local por força de uma reintegração de posse e resolveram acampar na Assembleia Legislativa, foram recebidos por uma comissão de deputados estaduais nesta terça-feira, 29.
O depoimento de Maria Liberdade da Silva, 43 anos, emocionou ao falar sobre a situação das famílias que afirmam não ter para onde ir. “Nós vamos sair daqui com uma resposta? A minha filha de cinco anos chora quando ouve o Hino do Brasil porque quando as casas começaram a ser derrubadas, ela chora. Espero um dia deitar na minha cama e poder dizer que o Estado fez algo por nós, porque se o governador tivesse dito ia tentar, mas ele garantiu. Todo mundo tentou um empréstimo para comprar madeira e fazer uma casa melhor para os filhos. E agora, o que é que vamos fazer com essa madeira e essa dívida?”, disse.
Liberdade disse ainda que os moradores estão dispostos a pagar pelo terreno em parcelas. “Se não querem dar o terreno, façam uma condição de parcelar. Nós só queremos oportunidade, os meus filhos estão estudando, mas será que vão ter oportunidade nessa vida?. Nos ajudem”, disse Liberdade, bastante emocionada.
Os deputados estaduais tentam fazer a ponte entre o governo para que um representante da gestão estadual compareça à Aleac para se reunir com os representantes dos moradores. A primeira opção, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Alex Carvalho, foi descartada, já que o mesmo encontra-se em Cruzeiro do Sul, cumprindo agenda na região do Juruá.
Ac24horas