O fim de semana foi macabro em Rio Branco após ataques de grupos criminosos em um baile funk e assassinatos violentos em outras partes da cidade. Os casos, segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) podem ter ligação com a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, no final de julho.
“É possível que possa ter alguma ligação, no entanto, como já afirmei, não existe nada de concreto que leve a concluir nesse sentido”, disse o diretor operacional da Sejusp, delegado Marcos Frank.Três pessoas foram assassinadas na noite de sábado (12), entre eles a de Giovana dos Santos Lima, de 20 anos, morta a tiros durante o ataque ao baile funk realizado no Parque das Acácias, na Estrada da Floresta, outras 10 pessoas ficaram feridas.
Sobre o ataque, Marcos Frank confirmou que a festa chama ‘Baile de Rua Premium’ tinha licenciamento e atendeu as exigências de funcionamento. Uma das suspeitas é a de que o evento contou com organização de uma facção criminosa, o que está sendo investigado.
“As investigações [sobre a organização da festa] estão em andamento e devem chegar a uma conclusão no decorrer dos dias”, resumiu.
O ataque, aparentemente, não tinha um alvo em específico. Criminosos invadiram a área pela parte de trás e pela frente e atiraram em várias pessoas aleatoriamente.
No mesmo dia, no início da noite, Gabriel Ferreira Fernandes, de 19 anos, soltava pepeta com amigos na rua Três de Agosto, na Baixada da Sobral, quando um homem em uma motocicleta tentou atropelá-lo. Ao parar, ele sacou uma arma e atirou várias vezes contra o jovem, que levou seis tiros e morreu no local. Outra pessoa ficou ferida.
À noite, Michel Oliveira da Silva, de 27 anos, estava com um amigo em casa na rua Peru, na Baixada do Habitasa, quando foi chamado em frente da casa. Ao sair para ver quem era, foi baleado com sete tiros e morreu no quintal. O amigo também foi ferido, mas sobreviveu.
O Acre Agora