Desaparecimentos crescem 55,9% no Acre, segunda maior taxa do país

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Rio de Janeiro - O Programa SOS Crianças Desaparecidas faz ato público para divulgar imagens de crianças e adolescentes desaparecidos (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

De acordo com a edição 2023 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o desaparecimento de pessoas cresceu 55,9% entre 2021 e 2022 no Acre. Em 2021, 244 pessoas sumiram no Estado. No ano seguinte, foram 384 desaparecimentos.

É a segunda maior taxa do País, perdendo apenas para o Amapá, onde os desaparecimentos saíram de 192 casos para 345 ocorrências no período, um crescimento de 78,4%. “O que nos chama atenção ao compararmos as taxas é que em apenas dois estados, Goiás e Minas Gerais, os registros de desaparecimento diminuíram entre 2021 e 2022, com retração de 8,8% e 1,2%, respectivamente. No restante do país, todos os estados viram seus registros aumentarem, com destaque ao Amapá, cujo crescimento foi de 78,4%. No Acre, Roraima e Bahia o crescimento também foi expressivo, com aumento de mais de 50%. Nacionalmente, os registros de desaparecimento cresceram em 12,9% quando comparados ao ano anterior”, diz o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que organiza o Anuário.

Em 2022 o Brasil registrou 74.061 pessoas desaparecidas, média de 203 desaparecimentos diários. Do total de registros, 46,7% se concentram na região Sudeste, em muito puxados pelo estado de São Paulo, que registrou 20.411 ocorrências. Em seguida a região Sul, com 22,3% do total, cujo destaque é o Rio Grande do Sul, em que os registros alcançaram a marca de 6.888 ocorrências. A região Nordeste, por sua vez, concentrou 14,8% do total, seguida pelas regiões Centro-Oeste e Norte, que concentraram 9,7% e 6,5%, respectivamente.

A despeito de São Paulo concentrar quase 30% dos números absolutos dos registros de desaparecidos, é o Distrito Federal que se destaca quando analisamos a taxa por 100 mil habitantes. Com 83,3 por 100 mil, é a maior taxa do país e mais do que o dobro da nacional, que fica em 32 por 100 mil.

Por outro lado, no Acre a taxa de localização é baixa se comparada à dos desaparecimentos, apesar do crescimento registrado pelo Anuário entre 2021 e 2022. Em 2021, 9 pessoas foram localizadas e, no ano seguinte, 15.

Os dados do Anuário são parecidos com os do Ministério Público do Acre, cujo último levantamento abrange 2019 e 2021.

Com informações Ac24horas

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