Venezuelano é preso no Acre suspeito de usar CRM de médico de SP e se passar por ortopedista

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O venezuelano Giraldo Rodríguez foi preso na tarde desta quarta-feira (7) durante atendimento em uma clínica particular de Tarauacá, interior do Acre, suspeito de exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica. O suspeito se apresentava como ortopedista sem possuir o registro do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM -AC).

No momento do atendimento, Rodriguez entregou o CRM de um médico de São Paulo (SP). A reportagem não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

Segundo as investigações, Rodríguez mora em Rio Branco e vai para Tarauacá pelo menos uma vez no mês para atendimentos ortopédicos em uma clínica particular da cidade. A Polícia Civil começou a investigar o caso após receber uma denúncia alertando que o suposto médico estaria usando o CRM de um profissional do Acre.

“Aguardamos ele chegar na clínica, ele atendia quando a equipe chegou lá. Falei que se estivesse atendendo, que o levasse para a delegacia. Segundo ele, usou o registro desse médico do Acre apenas uma vez e estaria utilizando esse outro CRM de um médico de São Paulo”, explicou o delegado José Valdinei.

Ainda em depoimento, o suspeito contou que estudou medicina na Bolívia e fez a especialização em ortopedia no país. Contudo, a polícia ainda não foi apresentada a nenhum documento que comprove a especialização do suspeito.

Além disso, ele confessou que fez o primeiro exame do Revalida em 2020. No ano seguinte, reprovou na segunda etapa e que não voltou a refazer a prova por falta de recursos. “Disse que falou com um advogado, que pediu os documentos dele e depois passou o CRM do Acre [para ele usar]. Mas, não deu o nome de advogado, nem nada”, complementou.

O venezuelano contou também no interrogatório que usou o registro do médico do Acre apenas uma vez e com a autorização do profissional. A Polícia Civil segue com as investigações.

“Foi feito o flagrante dele e deve passar pela audiência de custódia. Esse advogado vai ser difícil porque ele não sabe o nome e o médico que disse que usou o CRM com o consentimento fala que está morando na Bolívia, então, fica difícil achar. Mas, vamos tentar”, concluiu.

G1

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