Uma empresa do estado de São Paulo virá ao Acre nesta quinta-feira, 15, para solucionar definitivamente o problema da quebra de uma adutora de 800mm da Estação de Tratamento de Água – ETA II, que deixa 53 bairros da capital sem água desde segunda-feira, 12.
Segundo o diretor presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco – Saerb, Enoque Pereira, uma tentativa de reparo foi feita na madrugada de hoje, 14, e embora tenha funcionado num teste preliminar, a adutora voltou a quebrar ao receber a pressão da água. Uma nova tentativa de reparo paliativo está sendo feita e deve ser concluída até às 20h, mas ainda não é possível dizer se irá funcionar. Com isso, a previsão para a normalização do sistema fica para a semana que vem.
Por tudo isso e para resolver o problema dessa emenda específica, uma empresa de Rondônia foi contactada, mas disse não ter o material necessário para consertar o problema. Diante disso, um avião da FAB foi solicitado para trazer uma empresa especializada de São Paulo, porém, ao saber dos custos da aeronave, o órgão municipal optou pelo transporte aéreo comercial.
A equipe paulista deve desembarcar em Rio Branco trazendo consigo os materiais necessários já personalizados. O custo do serviço não foi calculado. “Depois de consertado pode quebrar em outro lugar, mas não na emenda. Mesmo se a nossa equipe tiver sucesso no reparo paliativo, a equipe de São Paulo fará o serviço para solucionar de forma permanente”, garante Enoque.
ETA II deve ser descontinuada por apresentar problemas insanáveis
Segundo Enoque, a ETA II foi construída sobre um solo movediço, que destrói estruturas e, por mexer constantemente, entorta as adutoras. Por isso, o Saerb está fazendo um estudo para mudar a Estação para abaixo da ETA I, no bairro Sobral, onde o terreno é estável.
Em maio de 2020, sob gestão do Estado, a estação de captação apresentou rachaduras, com risco de desmoronamento.
Em 28 de maio de 2021, o governador Gladson Cameli declarou situação de emergência na Estação. Segundo o decreto assinado por ele, a justificativa se deu “em razão do processo de erosão fluvial tipificado e em razão da iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de desabastecimento do sistema de água”. Mesmo assim, em agosto do mesmo ano o Governo reabriu a unidade após mais de R$ 3,1 milhões investidos em reparos.