A Polícia Civil investiga uma denúncia de estupro de vulnerável em uma comunidade da zona rural de Sena Madureira, interior do Acre. Uma pessoa da localidade ligou para o Conselho Tutelar da cidade alertando que um rapaz, de 21 anos, estaria vivendo maritalmente com uma criança de 9 anos.
Os conselheiros acionaram as polícias Civil e Militar e foram até a comunidade no último dia 12. A menina vive com os avós e a mãe, que tem problemas psicológicos. A família negou a acusação, mas confirmou que o rapaz vive na mesma casa que a menina e não tem nenhum parentesco com eles.
No dia da visita, os conselheiros e os policiais não acharam o rapaz. A família informou que ele estaria trabalhando. A menina foi levada para a zona urbana com o avô para exames de conjunção carnal.
“Uma pessoa ligou informando que estava incomodada com a situação, que todo mundo se conhece e na comunidade o comentário era de que a menina morava junto com o rapaz, que tem mais ou menos 21 anos. Falou que não sabia de onde ele era, mas que viviam juntos. Ficamos assustados e fomos logo verificar a situação”, confirmou a conselheira Lays Mayra.
Na zona urbana, a menina conversou com psicólogos, prestou depoimento e fez os exames. Ela retornou para a comunidade e a família foi orientada a não permitir mais que o rapaz fique no mesmo ambiente que a criança.
“Todos os procedimentos que podíamos fazer, fizemos. Inclusive, na próxima semana o Creas vai fazer uma visita na residência. Foi feito o boletim de ocorrência, atendimento psicológico, coletamos cestas básicas também para a família e todas as orientações repassadas de que esse rapaz não pode continuar lá durante as investigações”, concluiu a conselheira.
Resultado do exame
A delegada responsável pelo caso, Rivânia Franklin, disse que o exame de conjunção carnal comprovou que a criança é virgem. Contudo, ela destacou que o estupro pode ser praticado de outras formas.
O suspeito ainda não foi ouvido pela polícia. A delegada falou também que não pode repassar muitas informações do caso por enquanto.
“O caso está em investigação para saber se procede ou não a denúncia. O exame não apontou nada, estamos investigando, a equipe vai em alguns lugares para apurar. Existe essa possibilidade, demos algumas orientações para a criança e os familiares”, resumiu.
G1/AC