Homem acusa militares de crimes de racismo e agressão na frente da família

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Na tarde da última quinta-feira, 15, um homem de identidade não revelada, morador do bairro Vitória, em Rio Branco, acusa membros da Polícia Militar de cometimento de crimes de racismo e agressão na frente da família – sendo sua esposa e duas filhas.

O homem, de cor negra, contou à reportagem do G1 que é estudante do Instituto Federal do Acre (IFAC) e trabalha em uma prestadora de serviço do governo. Em um vídeo divulgado, é possível observar os militares tentando dar um golpe de imobilização no pescoço, conhecido por mata-leão, em meio a cena, a filha se assusta com um cachorro e se afasta do local com a mãe.

Segundo ele, os militares lhe abordaram e disseram que a ação era porque ele era “preto” e acabou sendo atingido por spray de pimenta. “Percebi que eram policiais. Ele falou: ‘você é preto, é suspeito’. Foi me empurrando, me enforcando e os companheiros vieram jogando spray de pimenta no meu rosto. Tentei me esquivar porque desmaiaria, estavam gritando. O policial falava: ‘não me importo com você, é um preto, quero que vá para o inferno’. Falou isso para minha esposa também quando ela chegou perto para tirar o celular do meu bolso para gravar”, disse.

No local, um outro morador que gravou a ação policial, avisava que o homem era trabalhador e que não precisava da atitude na frente da família. Porém, após as agressões, a vítima é colocada na viatura.

Acerca do caso, o homem que tem medo de revelar o nome por represálias, afirmou que foi vítima de racismo. “Foi racismo, a primeira coisa que o policial me falou foi: ‘você é preto’. Foi racismo, não é a primeira vez que isso acontece. Já fui abordado em frente da minha casa pela polícia porque falaram que eu estava roubando a casa”, declarou.

A assessoria da Polícia Militar ainda não se pronunciou sobre o caso, porém, o espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.

Ac24horas

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