18 maio 2024

Em 2023, divisa com Amazonas e Rondônia eleva pressão sobre o desmatamento no Acre

Redação

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De acordo com o Imazon, de janeiro a abril de 2023 o desmatamento avançou pouco em território do Acre, mas há forte pressão na região Amacro, na divisa com Rondônia e Amazonas, no sul desse Estado. Nos primeiros quatro meses do ano, o Acre desmatou 18 km², contribuindo com 2% do desflorestamento da Amazônia no período.

“Estamos reiteradamente alertando sobre o avanço do desmatamento no sul do Amazonas, na região de divisa com os estados do Acre e Rondônia, conhecida como Amacro, onde atualmente existe uma forte pressão pela expansão agropecuária. São necessárias medidas urgentes de fiscalização e destinação de terras públicas no local para evitar novas derrubadas, como infelizmente estamos vendo todos os meses”, alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.

De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) a Amacro está planejada como um conjunto de ações multisetoriais que visam promover a sustentabilidade ambiental por meio do desenvolvimento socioeconômico das áreas localizadas nesse território distinto, que abrange o sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia.

A sustentabilidade ambiental, diz o informe inaugural, é o “guarda-chuva” de todas as ações na Amacro. Debaixo dele estarão dois eixos fundamentais e estratégicos de atuação: Desenvolvimento Produtivo (Bioeconomia, Turismo, Agronegócio, Indústria) e Infraestrutura Econômica e Urbana (Logística e Transporte, Energia, Telecomunicações). A zona inclui cerca de 32 municípios espalhados no sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, englobando uma área total de 454.220 km² e população estimada em aproximadamente 1,7 milhão de pessoas (2020). Trata-se de uma região emblemática, tanto em relação aos desafios ambientais quanto à necessidade de desenvolvimento socioeconômico. “Além de quase metade dos municípios apresentarem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), há ainda o arco do povoamento adensado que pressiona o meio ambiente, especialmente a Floresta Amazônica. O projeto propõe estabelecer um cinturão de proteção da floresta oferecendo alternativas para os desafios socioeconômicos da população. A ideia é potencializar as vocações produtivas e econômicas locais, bem como os recursos humanos”, diz o informe da Sudam.

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