Edvaldo Magalhães defende abertura de ramal que liga Porto Walter a Cruzeiro do Sul, por meio de pacto que garanta o licenciamento ambiental

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Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira (27), o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) defendeu a integração entre Porto Walter e Cruzeiro do Sul, porém, ele citou que é preciso que sejam atendidas as reivindicações da comunidade indígena por onde o ramal deve passar. O parlamentar frisou também que é necessário seguir o traçado original previsto no licenciamento ambiental.

“Eu sou um defensor dessa integração entre Porto Walter e Cruzeiro do Sul. É uma distância, que passa por esses três municípios, de 87 quilômetros. Essa é a distância. Por que foram suspensas qualquer atividade de abertura do ramal? Foi feito um trabalho pelo Deracre e pelo IMAC muito bem feito com a questão do licenciamento ambiental. E foi feito o licenciamento prévio. O que ocorreu? Ocorre que o traçado estabelecido no licenciamento foi desviado. Ao invés de cumprir o traçado que foi licenciado, foi feito um desvio de Km 3,5 e nisso passou dentro de uma reserva indígena. O problema que surgiu foi esse. Houve uma manifestação da comunidade indígena que quer o ramal. Houve uma manifestação de autoridades federais dizendo que: se o ramal passa em uma comunidade indígena, o licenciamento não poderia ser feito pelo Deracre”, destacou.

Edvaldo Magalhães disse ainda que a Assembleia Legislativa pode atuar como mediadora do diálogo. É ponto pacífico para ele que a estrada deve seguir o traçado licenciado, mas se o governo atender as reivindicações dos povos indígenas da região, que pedem escolas, atendimento em saúde e apoio para a produção, a própria comunidade pode solicitar a autorização da Funai para a passagem do ramal pela terra indígena.

“Feita pelo traçado licenciado, a comunidade quer a interligação, porque eles querem ser atendidos pelos programas, como o Luz Para Todos. Uma boa conversa, uma boa pactuação, sem atropelos de ninguém, você consegue resolver um problema que aparentemente é complexo. A Justiça Federal certamente vai acatar essas decisões na medida que as garantias forem feitas e atitudes sejam adotadas”.

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