Acre não têm registros de carrapatos que transmitem a febre maculosa brasileira

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Os últimos casos de febre maculosa brasileira (FMB) registrados no interior do estado de São Paulo a partir dos primeiros dias de junho, com a confirmação de quatro óbitos, até o momento, e pelo menos mais três pacientes sob investigação, ganharam grande repercussão na imprensa nacional e chamaram a atenção para uma doença que pode ser extremamente grave, dado o seu alto grau de letalidade.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela não é contagiosa, ou seja, não pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, ela é transmitida pela picada do “carrapato-estrela”. No Brasil, os principais vetores e reservatórios da bactéria Rickettsia rickettsii são os carrapatos Amblyomma Sculptum, Amblyomma aureolatum e Amblyomma ovale.

Estudos têm sido realizados sobre a fauna de carrapatos no estado do Acre com o objetivo de identificar as espécies de carrapatos e os possíveis patógenos que estes ectoparasitas possam disseminar. Os resultados desses estudos apontam que, até o momento, não foi registrada a presença de carrapatos que transmitem a febre maculosa brasileira, e muito menos do patógeno (bactéria Rickettsia rickettsii).

Recentemente, foi publicado na revista Ticks and Tick Borne- Diseases o artigo “Detection of Rickettsia tamurae-like and Other spotted fever group rickettsiae in ticks (Acari: Ixodidae) associated with wild birds in the Western Amazon, Brazil”. Em português: “Detecção de Rickettsia tamurae-like e outras rickettsias do grupo da febre maculosa em carrapatos (Acari: Ixodidae) associados a aves silvestres na Amazônia Ocidental, Brasil”.

O objetivo do estudo, realizado na Reserva Florestal do Humaitá, área de pesquisa administrada pela Universidade Federal do Acre (Ufac), localizada no município de Porto Acre, foi investigar a riqueza de espécies de carrapatos e agentes rickettsiais associados a aves silvestres. Com base nesse e em outros estudos, no Acre, foram descritas 23 espécies de carrapatos, tanto no ambiente quanto em hospedeiros vertebrados, como anfíbios, répteis, aves e mamíferos, incluindo humanos.

Ac24horas

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