O Acre foi considerado um dos dez piores estados para se viver no Brasil. Levantamento do ‘Brasil em Mapas’ divulgou os dez melhores estados para se viver e os dez piores. Os critérios integram dados do Atlas do desenvolvimento Humano/PNDU Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínuos (PNDA-C) do IBGE para o dado trimestral do desemprego (desocupação), do fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) 2022 e taxa de homicídios, foi possível realizar o levantamento.
Os rankings levaram em consideração alguns dados de instituições como o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Foram avaliadas as condições de saúde, educação, desigualdade e oportunidades de renda. Os estados que passaram por um processo de industrialização possuem uma maior tendência às primeiras posições do ranking. Este processo também se reflete nas capitais do país,
naturalmente. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a distribuição de renda. Os locais com maior concentração de renda tendem a ter uma posição mais baixa no ranking.
Entretanto, analisar condições de vida unicamente por critérios econômicos gera uma distorção que a pesquisa não identifica. Por exemplo, não se pode dizer que levar mais de três horas em condução para chegar ao trabalho, como acontece em São Paulo, como vantagem do estado. Ao mesmo tempo, morar em um pequeno município mineiro, sem criminalidade, mas com os confortos de comunicação e interação social não poderiam justificar sua nona posição no ranking.
Morar no Acre significa morar perto da floresta e seus mistérios e possibilidade, fazer parte de um povo acolhedor, de um sentimento de comunidade, apesar da violência e das gangs que também proliferam em São Paulo, onde só não existe guerra pelo tráfico porque o estado está controlado por uma só facção que espalha seu domínio de crimes.
Há um claro corte quando se nota oito estados do nordeste entre os dez piores. Será? A vida em Alagoas, com sua rica tradição cultural, suas cidades que guardam histórias, seu litoral paradisíaco é ruim: Ou a Bahia, com sua cultura e senso de comunidade?
Há que se questionar muito os valores do ranking, que deveria ter sido feito consultando a população, se está feliz no local em que mora, como é seu modo de vida e seus valores. Talvez a conclusão fosse diferente.
Com informações A Tribuna