O julgamento de seis acusados de uma chacina, na fronteira do Acre com a Bolívia, foi marcado para o dia 31 de julho. A morte de uma mãe e dois filhos, ocorreu em setembro de 2020, na BR 364, Ramal do Pelé, zona rural boliviana.
O júri popular acontecerá na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco. De acordo com a Justiça, 21 pessoas estão previstas para serem ouvidas pelo Ministério Público (nove de defesa e interrogatório dos seis acusados).
De acordo com os autos, o pai da adolescente que foi estuprada, serrava madeira e contratou algumas pessoas para ajudarem no serviço, e uma delas, descobriu que a família guardava R$ 20 mil e $d 10 mil bolivianos. A mãe da adolescente trabalhava com mercadorias.
Cedo da manhã, sob ameaça, um deles abusou da adolescente. Quando os pais da adolescente souberam, amarraram o abusador em um tronco de árvore e o pai dela foi até o lado brasileiro para pedir ajuda da polícia para prendê-lo.
Ao perceber a situação, o outro acreano que estava no local correu até em casa, avisou que o parente estava preso na propriedade do boliviano e chamou os familiares para resgatar o suspeito de estupro.
Ao chegarem, pediram todo o dinheiro para a mãe da adolescente e também que soltasse o abusador, sob ameaça de matar a todos. Como o pedido não foi atendido, o grupo baleou a mãe e dois filhos. A adolescente também levou um tiro e se fez de morta. O pai da adolescente não foi morto porque estava em solo brasileiro a procura da polícia.
O júri popular irá analisar se os acusados cometerem crime de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O crime de estupro de vulnerável não será analisado em razão do acusado, o pivô de toda confusão, ter sido assassinado em abril do ano passado.
(Com informações TJAC)