Os trechos críticos da BR-364, interior do Acre, apontados na situação de emergência decretada, no último dia 2, pela superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (Dnit) passam por serviços paliativos. Os buracos são tapados com pedras e pó de pedra para garantir a circulação dos veículos na estrada.
O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 2 de maio e permite a contratação imediata de empresas para a execução das obras de recuperação.
A situação de emergência abrange alguns trechos do km 620 ao km 682 entre o Rio Gregório e o Rio Liberdade, que ficam entre as cidades de Tarauacá e Cruzeiro do Sul.
Ainda segundo a superintendência do Dnit, trechos que não estão inseridos no decreto de emergência também passam por manutenção com serviços convencionais com asfalto.
“Os serviços que estão sendo executados, por ocasião da situação de emergência, é tapa-buraco com pedra 3 na parte inferior e acabamento com pó de pedra. É um serviço mais célere. Mas, também estão sendo executados os serviços convencionais de reparos profundos e superficiais”, informou.
No último dia 8, o edital de licitação foi republicado e duas empresas apresentaram propostas válidas. Agora, o processo está em fase de recurso. O Dnit afirmou que tem cobrado também mais trabalhadores na estrada com a diminuição das chuvas para acelerar a recuperação emergencial.
No dia 25 de abril, o senador Alan Rick (União Brasil), coordenador da bancada federal do Acre, já havia dito na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que o Dnit iria decretar situação de emergência na rodovia devido às péssimas condições de trafegabilidade.
Mais de 20 horas de ônibus
As más condições da BR-364 maltratam quem precisa dela para se locomover. A viagem que durava entre 8 a 12 horas de ônibus, agora ultrapassa as 20 horas e, dependendo do dia, pode durar as 24 horas.
A situação da rodovia acaba afetando no custo das passagens de ônibus. No ano passado, os preços para viagens intermunicipais sofreram dois ajustes, sendo o último em junho. O aumento foi de R$ 1 entre Rio Branco a Bujari e chega a R$ 37 entre a capital e Cruzeiro do Sul.
Conforme a nova tabela, o preço da passagem entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, subiu de R$ 185 para R$ 222. Bujari e Senador Guiomard, que tiveram o menor reajuste, deixam de cobrar R$ 5,50 e passa a vigorar a tarifa de R$ 6,50.
Prefeitos de cinco municípios interligados pela BR-364 assinaram um documento que pede a recuperação da rodovia e alerta para o impacto econômico na região. O documento foi entregue à bancada federal do Acre pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima. Segundo ele, os problemas precisam ser resolvidos para evitar o fechamento da estrada.
G1/AC