Alegando falta de estrutura, professores de pós-graduação da Ufac paralisam atividades

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Professores e pesquisadores do programa de pós-graduação em letras: linguagem e identidade (PPGLI) da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco, estão com as atividades paralisadas em protesto por melhorias e mais estrutura no campus.

O colegiado do programa deliberou que as atividades fossem paralisadas desde o último dia 7. Na última segunda (9), a coordenação encaminhou um documento à reitoria da universidade com as reivindicações, contudo, a demanda não teria sido respondida até esta sexta-feira (12).

Em um documento elaborado após a deliberação, os pesquisadores destacam os seguintes problemas:

Não disponibilização de recursos institucionais (duodécimo) descentralizados para as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão;
Fechamento da sala de estudos destinada aos mestrandos e aos doutorandos;
Precarização do acesso à rede de internet nos espaços de funcionamento do programa;
Obstrução total ou parcial das janelas de circulação de ar e entrada de luz natural nos corredores (térreo e primeiro piso) do bloco em que estão alojados os espaços de trabalho e de estudo de docentes e de discentes;
Falta de recursos (passagens aéreas e diárias) para garantir a realização das bancas de defesas de mestrado e de doutorado do PPGLI e assegurar a participação de professores e alunos em eventos, missões de estudo e estágios em outras instituições nacionais e internacionais.
“Falta recursos, infraestrutura melhor, precisamos de laboratórios mais capacitados, de uma atualização do nosso sistema de internet que hoje não dá conta de atender, computadores para atender os alunos, de condições melhores a altura de um programa de nota cinco. Funcionar como estávamos funcionando dá, mas já não podemos mais fazer”, explicou o professor, pesquisador do programa e doutor em história social, Gerson Albuquerque.

O pesquisador destaca que a paralisação não afeta as atividades da graduação, que seguem normalmente. “O que queremos é que a administração da Ufac sente com os professores e alunos, não queremos conversar só a coordenação e colegiado com a administração. A gente quer ter uma conversa coletiva porque o queremos, na verdade, é defender a universidade, defender o programa. Não estamos em uma luta contra a administração da Ufac, queremos defender um programa que é patrimônio”, frisou.

O professor acrescenta que com o programa de pós-graduação em letras: linguagem e identidade (PPGLI), a Ufac pode obter nota 5 na coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (Capes). A avaliação da Capes classifica os cursos com as seguintes notas: 3 (razoável), 4 (bom), 5 (muito bom), 6 (excelente, ao nível nacional) e 7 (excelente, ao nível internacional).

“Estamos pleiteando junto à Ufac esses recursos e nesse documento elencamos para qual finalidade vamos utilizar os recursos, desde trazer professores para participar de bancas, a levar professores nossos a participar de bancas, eventos, intercâmbios, nossos alunos de mestrado, especialmente do doutorado, têm que fazer intercâmbio em países que a Ufac tem convênio. Quando se trata de pós-graduação, a Ufac tem poucos convênios e a gente tem, de certo modo, sentido isso”, lamentou.

O documento foi recebido e já está sendo discutido. Uma reunião já foi agendada com a equipe da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propeg) e a Reitora, assim que a reitora retornar de Cruzeiro do Sul. No entanto, algumas das reivindicações já estão sendo atendidas mesmo antes do documento chegar. Outras já estão sendo planejadas e outras não podem ser atendidas imediatamente, porque dependem de diversos fatores, entre eles, orçamento.

Em nota, a Ufac informou que a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, Margarida Carvalho, viaja na próxima segunda-feira (15) para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para assinatura do termo que disponibiliza bolsas para 4 projetos aprovados dentre os quais um projeto do PPGLI que atende 25 indígenas, sendo 15 bolsas de mestrado e 10 para doutorado, além de bolsas para pós- doutorado.

“A universidade tem tentado ajustar tudo o que precisa, principalmente após os sucessivos bloqueios e cortes orçamentários, ocorridos nos últimos anos.”

G1

 

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