A Polícia Federal confirmou há pouco a prisão em flagrante do ex-vereador de Rio Branco, Anderson Sandro, por falsificação de documentos. O ex-parlamentar, filho do provedor da Santa Casa de Misericórdia de Rio Branco, o também ex-vereador José Alex, representava aquela unidade de saúde (onde também é diretor) num chamamento público da Prefeitura de Brasiléia.
Anderson apresentou certidões que instantes depois foram declaradas fraudadas. Uma denúncia feita por outra empresa interessada na licitação resultou na prisão de Sandro. Outro envolvido não teve o nome revelado.
O flagrante foi lavrado quando os envolvidos prestavam esclarecimento na delegacia.
A Santa Casa tentava se habilitar numa licitação para oferecer consultas médicas a pacientes autistas.
“Diante da informação, os agentes foram até a Prefeitura e constataram a inconsistência de Certidões Negativas. Foi lavrado o flagrante de 02 representantes de uma empresa que participava do certame na Prefeitura de Brasiléia/Ac. Foram presos em flagrante e estão à disposição da justiça”, informou a Comunicação da PF por volta de 20:40 desta noite.
“Os responsáveis poderão responder pelo crime de uso de documentos falsos, conforme dispõe o artigo 304 do Código Penal, cuja pena pode chegar a 6 anos de reclusão”, diz ainda a nota da PF encaminhada a este site.
Os acusados devem ser submetidos a audiência de custódia nesta sexta-feira.
A prefeitura de Brasiléia emitiu a seguinte nota:
Os fatos tratam-se da realização do procedimento denominado Chamada Pública, com Edital de n° 001/2023, que abriu a possibilidade de Credenciamento de Empresas e entidades sem fins lucrativos para prestação de serviço na realização de consultas médicas para pessoas laudadas com o Transtorno no Espectro do Autismo – TEA.
Ao ser aberta a Sessão Pública da referida licitação, a Comissão Permanente de Licitação do Município de Brasileia/AC, recepcionou na forma do Edital a documentação pertinente de todos os licitantes interessados e presentes na sessão através de seus representantes.
Ocorre que, no decorrer da referida sessão, não foi possível atestar a veracidade da documentação fiscal apresentada pela Entidade Santa Casa da Amazônia, sendo prontamente inabilitada.
Posteriormente, a sessão foi suspensa/interrompida por Agentes da Polícia Federal que, atendendo denúncia realizada na sede da Polícia Federal deste Alto Acre, conduziram os representantes da Santa Casa, juntamente com a documentação fiscal, para prestarem esclarecimentos sobre os fatos denunciados.
Fonte: O Seringal